A solenidade de encerramento das atividades do projeto "Ler, Escrever e Pensar: conscientizar para transformar", no ano de 2017, em Bacabal, foi realizada nesta quarta-feira, 13, no templo central da igreja Assembleia de Deus.

O evento reuniu autoridades do Ministério Público do Maranhão, da Defensoria Pública, do Executivo e da Polícia Militar, além de estudantes, professores, gestores e representantes da sociedade civil.

Participaram do projeto alunos do ensino médio de 10 escolas de Bacabal. O programa tem o objetivo de despertar a consciência crítica dos adolescentes em relação à corrupção, por meio da leitura e do exercício de produção textual.

Na ocasião, foram premiados os alunos autores das três melhores redações do concurso promovido pelo projeto. Em primeiro lugar ficou Ana Samila Leite Amaral, 15, do Centro de Ensino Juarez Gomes, seguida de Débora Lima Pinto do Nascimento, do Colégio Militar Tiradentes III. Em terceiro, venceu a redação de Nizamara da Silva Pereira, do Centro de Ensino Arimateia Cisne.

Para a promotora de justiça Michelle Adriane Saraiva Dias, que promoveu o projeto em Bacabal, o "Ler, Escrever e Pensar" foi muito gratificante porque teve uma execução inovadora. "Cada visita às escolas foi um acontecimento único. Eu aprendi muito mais do que pude transmitir. Além disso, o resultado do concurso foi muito bom, com textos surpreendentes", afirmou.

Michelle Dias ressaltou que a campanha possibilita a transformação da consciência das pessoas. "A gente tem que ser integralmente honesto, saber lidar com esta capacidade, entender que nossos atos têm consequências no mundo".

CONSCIÊNCIA CRÍTICA

A idealizadora do projeto, promotora Maria José Lopes Corrêa, da Comarca de João Lisboa, destacou o tripé que sustenta o projeto: leitura, escrita e pensamento crítico. "Nenhuma transformação é verdadeira se não partir de uma consciência crítica. O nosso objetivo é fomentar na sociedade a prática da honestidade. A corrupção não é um problema somente do governo, é nosso também ".

A promotora de justiça lembrou ainda que o projeto deve-se aos esforços da administração superior do MPMA em implementá-lo em várias comarcas do Maranhão. "O MP está dando continuidade ao projeto, levando a vários municípios a mudança de que precisamos, porque estudante não é o futuro do Brasil, é o presente".

Em seguida, o corregedor-geral em exercício, Marco Antonio Anchieta Guerreiro, elogiou a proposta do projeto desde o nome. "Eu acrescentaria a palavra sonhar, porque a leitura desperta a imaginação e a possibilidade de sonho. Ler é fundamental para o nosso aprimoramento e crescimento", frisou. Ele citou ainda autores como Monteiro Lobato, Castro Alves e Gonçalves Dias como fundamentais em sua formação.

O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, afirmou que o projeto demonstra que o MP está cumprindo o seu papel, interagindo diretamente com a sociedade, por meio do aprendizado. "Estamos propondo uma educação de verdade, comprometida com a ética, a justiça e a cidadania".

O chefe do Ministério Público lembrou ainda que o estímulo à leitura e à produção textual são fundamentais para o crescimento da sociedade e para sua transformação. "Parabéns a todos vocês que sonham e trabalham por um mundo melhor, por uma consciência cidadã".

Do Ministério Público também estiveram presentes os promotores de justiça Francisco Teomário Serejo Silva e Henrique Hélder de Lima Pinho, da Comarca de Bacabal.

Igualmente compuseram a mesa da solenidade o defensor público Davi Pessoa; a professora Emanuele Carvalho Sousa; a gestora da Unidade Regional de Educação; Iraide Silva Martins; e o coronel da PM, Eurico Alves.

A solenidade foi animada pela banda do projeto social Madre Rosa. Durante o evento, vários estudantes apresentaram números musicais e performances artísticas.

Foram apresentadas, ainda, pelos alunos propostas de leis que integraram um projeto de educação, desenvolvido no município pela promotora Michelle Adriane Dias.

O projeto "Ler, Escrever e Pensar: conscientizar para transformar" adotou para leitura, em 2017, o livro O que faz o brasil, Brasil", de Roberto daMatta.

Redação e fotos: Eduardo Júlio (CCOM-MPMA)






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