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430 mil kgs de produtos impróprios para o consumo

 

Mais de 400 operações retiraram do mercado nos últimos cinco anos cerca de 430 mil quilos de carnes e derivados impróprios ao consumo. As operações fazem parte do Programa de Proteção Jurídico Sanitário dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA) desenvolvido pelo Ministério Público de Santa Catarina, em parceria com a CIDASC, a Vigilância Sanitária Estadual, MAPA, Polícia Militar, Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) estadual. As ações contam ainda com apoio da Receita Estadual, Polícia Ambiental e, eventualmente, de Vigilâncias Sanitárias Municipais.

 
No ano de 2011, já foram realizadas operações do POA em 71 municípios, resultando na fiscalização de 486 estabelecimentos comerciais e industriais, com apreensão de 75.891 quilos de carnes e derivados impróprios ao consumo, sendo que, destes, 33.100 quilos eram produtos clandestinos, isto é, produzidos sem a inspeção dos órgãos oficiais.
 
Na última semana de agosto, foram realizadas operações em cinco Comarcas (Armazém, Chapecó, São José, Papanduva e Tangará), abrangendo 16 municípios catarinenses, que resultaram no recolhimento de 8.585 quilos de alimentos impróprios para o consumo. Em Armazém foram recolhidos 554 quilos; em Chapecó, 6.131 quilos; em São José, 816 quilos; em Papanduva, 445 quilos; em Tangará, 640 quilos.
 
Além de ações repressivas, o POA também atua de modo preventivo. São distribuidos materiais explicativos que visam a esclarecer a sociedade sobre os riscos à saúde ao consumir alimentos mal conservados ou preparados em condições inadaquedas de higiene. O folder explica ainda a importância das fiscalizações nos locais que comercializam ou produzem alimentos de origem animal.
 
O POA busca principalmente a preservação da saúde dos consumidores de alimentos de origem animal, sobretudo quanto às carnes e seus derivados. A ingestão de produtos de origem animal impróprios ao consumo pode ocasionar sérios problemas à saúde dos consumidores, provocando doenças como salmonelose, gastroenterites, toxinfecções alimentares, toxoplasmose, câncer, alterações hormonais, teníase, cisticercose (que pode levar à morte) e botulismo (alto índice de mortalidade).
 
Além da proteção à saúde da população, também são foco nas operações do POA a preservação do meio ambiente e o combate à sonegação de impostos. A economia local acaba sendo beneficiada com a regularização de estabelecimentos que operavam à margem da lei, assim como há reflexos positivos para o Estado, que deixa de despender volumosos recursos em tratamentos de saúde de pessoas contaminadas por alimentos impróprios.
 
Os alimentos impróprios para o consumo encontrados pela fiscalização são imediatamente recolhidos e eliminados, por imposição legal. A perícia dos produtos apreendidos, quando necessária, é realizada pelo Laboratório Central (Lacen). Com o recebimento dos relatórios e documentos de fiscalização, o Ministério Público de Santa Catarina, de acordo com as irregularidades encontradas pelo Promotor de Justiça da Comarca, pode propor um termo de ajustamento de conduta, no qual quem cometeu a ilegalidade compromete-se a corrigir as anomalias em tempo determinado, além de arcar com medida compensatória pelo dano causado à sociedade.
 
Caso os documentos de fiscalização apontem a existência de algum crime, o Promotor de Justiça poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou propor a respectiva ação penal visando responsabilizar criminalmente os infratores.
 
POA: referência nacional
 
O Programa de Proteção Jurídico Sanitário dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA) foi criado pelo Ministério Público de Santa Catarina em 1999, com o objetivo de fixar critérios e normas de ação conjunta entre os órgãos encarregados da inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal. Em virtude dos excelentes resultados alcançados, especialmente no que se refere à proteção da saúde do consumidor, é considerado referência no cenário nacional.
 
Há ideia de constituição de um grupo de estudo para revisão dos procedimentos de fiscalização e da legislação referente ao tema, formado por técnicos de alguns dos órgãos envolvidos e pelo MP. O objetivo é chegar a uma proposta de alteração da legislação hoje defasada, de modo a melhorar ainda mais a fiscalização, visando a garantia de qualidade para o consumo, a preservação ambiental e o combate à sonegação fiscal.
 
Atuação do Ministério Público Estadual
 
O Ministério Público pode atuar tanto judicial quanto extrajudicialmente. Atua extrajudicialmente quando busca resolver questões por meio de reuniões com a comunidade, audiências públicas, termos de ajustamento de conduta (TAC, que são acordos extrajudiciais) e recomendações para o Poder Público. Em muitos casos, isso resolve o conflito em espaço de tempo muito mais curto do que poderia ocorrer caso uma ação fosse ajuizada. Quando não for possível um acordo, ou este não for cumprido, o Promotor de Justiça entra com uma ação judicial.
 
Os programas e campanhas desenvolvidos pelo Ministério Público também são formas de atuação extrajudicial da Instituição, que visam a esclarecer a sociedade dos seus direitos e deveres, além de combater ilegalidadese evitar futuras ocorrências de crimese outras infrações à lei.
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Redação:Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC
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