Cerca de 200 pipeiros que trabalham em Caruaru (Agreste Central) reuniram-se, na última terça-feira (10), com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Vigilância Sanitária Municipal, representada pelo diretor Paulo Florêncio, e com a IV Gerência Regional de Saúde da Secretaria Estadual (Geres)/Caruaru para esclarecer as dúvidas referentes ao controle da qualidade da água distribuída pelos carros-pipa na cidade.
A reunião, que aconteceu na Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces), foi convocada pelo promotor de Justiça Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que há 30 dias emitiu uma recomendação para as instituições responsáveis pela distribuição da água, com o intuito de adotar medidas para a correta fiscalização.
No encontro, ficou acertado que o município deve realizar, em 10 dias, o cadastro dos carros-pipa que prestam serviço na cidade, mas que ainda não estão regularizados.
De acordo com Oliveira, a partir de agora, as fiscalizações vão ficar mais rigorosas. Aqueles que estiverem transitando sem a devida identificação — placa, adesivo ou banner afixado em local visível do veículo — terão os automóveis apreendidos. “A Polícia Militar, inclusive, será oficiada pelo MPPE para que sejam realizadas abordagens daqueles carros que não estiverem devidamente identificados”, explica o promotor de Justiça.
Entre as recomendações feitas durante a reunião está a de que os pipeiros devem colaborar com a fiscalização. “Todas as ações são para coibir a clandestinidade e garantir a melhoria da qualidade, no âmbito da distribuição de água, a qual pode afetar diretamente a saúde da população caruaruense que já se encontra na zona epidêmica dos surtos de doenças transmitidas pela água”, afirma Paulo Augusto.