BELÉM: MP discute com órgãos as providências de segurança para a decisão do 1º turno do Parazão
Uma reunião realizada hoje no Ministério Público do Estado, referente ao procedimento que investiga as condições de segurança nos estádios de futebol do Pará, discutiu as medidas que serão tomadas para o próximo clássico Remo e Paysandu, que ocorre domingo dia 16. No último jogo entre as duas equipes inúmeras ocorrências policiais colocaram em risco os torcedores. O objetivo é prevenir futuros problemas nos jogos do campeonato de 2014, visando à segurança dos cidadãos.
Estiveram presentes na 1ª Promotoria de Justiça do Consumidor representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar do Estado do Pará, Polícia Civil, Detran, Clube do Remo e Paysandu Sport Club.
Segundo os promotores de Justiça Joana Coutinho, Nilton Gurjão e Domingos Sávio Campos foram abordados na reunião problemas como os assaltos que ocorrem nas rampas de acesso às arquibancadas e no entorno do estádio, o problema crônico das torcidas organizadas, da meia entrada, venda de ingressos, a quantidade de rádios para comunicação entre as autoridades, o reduzido número de guarda corpos colocados pela Seel durante os jogos, entre outros.
“A questão dos rádios é de fundamental importância, os clubes devem cumprir o acordo de levarem, não é um simples gasto, mas sim um investimento”, disse o promotor Domingos Sávio.
Para Joana Coutinho e Nilton Gurjão “a precária situação em que o estádio do Mangueirão se encontra agrava os problemas”.
Os representantes do Ministério Público sugeriram que os clubes juntamente com a federação contribuíssem com guardas corpos suficientes para ajudar a organizar melhor a entrada dos torcedores e que os clubes façam um “check list” das obrigações e prioridades na segurança dos estádios, posto que segundo o estatuto do torcedor a responsabilidade é do clube mandante.
Ocorrerá vistoria no estádio do Mangueirão no próximo dia 13 de fevereiro. O promotor de Justiça Domingos Sávio comparecerá como representante do Ministério Público do Estado.
TORCIDAS ORGANIZADAS – Segundo coronel PM Cavalcanti do policiamento ostensivo da capital é “necessário que se acompanhe de perto os maus torcedores, aqueles que vão aos estádios provocar tumulto e gerar violência” desabafou.
Disse ainda, exibindo camisa, boné e utensílios utilizados pelas torcidas ditas organizadas que continuam burlando a lei. “Eis aqui as provas do que estou falando. Fizemos ainda um vídeo e filmamos a torcida remoçada jogando bombas contra a polícia”.
Texto: Edyr Falcão e Edson Gillet (Assessoria de Imprensa)
Fotos: Fernanda Palheta (Graduanda em jornalismo)