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BELÉM: Tribunal condena Décio Nunes, o Delsão mandante da morte de José Dutra, o Dezinho

Atuação da acusação por meio do promotor de Justiça Franklin Lobato Prado foi determinante na condenação do mandante da morte do sindicalista. O promotor se referiu a Delsão como “lobo em pele de cordeiro”.

Tribunal do Júri por maioria de votos condenou a 12 anos o fazendeiro Décio José Barroso Nunes, o Delsão por mandar matar o sindicalista José Dutra da Costa, o Dezinho.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPE), por meio do promotor de Justiça Franklin Lobato Prado atuou na acusação durante o julgamento de Delsão.

O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa do 2ª Tribunal do Júri da Capital decretou, nesta terça-feira, 29, a sentença do acusado Décio José Barroso Nunes, o “Delsão”, mandante da morte do agricultor José Dutra da Costa (conhecido como “Dezinho”) a doze anos de reclusão inicialmente em regime fechado, a ser cumprido no presídio Estadual Metropolitano de Marituba ou nos Centros de Recuperação de Americano.

Décio Nunes é acusado de matar José Dutra da Costa, líder do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará, em novembro de 2000. O crime teria sido motivado por disputa de terras na região. 

O conselho de sentença, por maioria de votos, não absolveu o acusado, rejeitando a tese apresentada pela defesa de insuficiência de provas e manteve o uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, encerrando a votação. O conselho reconheceu também a responsabilidade criminal do acusado Décio Nunes pelo crime de homicídio qualificado, que prevê a pena de 12 a 30 anos de reclusão.

Antecedentes – Antes desse julgamento, outros três aconteceram: a do pistoleiro Wellington de Jesus, condenado a 29 anos em regime fechado em 2006 que foi beneficiado por uma saída temporária, mas não retornou à prisão; o fazendeiro Lourival Costa e o capataz Raul que foram absolvidos das acusações de envolvimento no assassinato de “Dezinho”, em 2013.

Proteção – A esposa de Dezinho, Maria Joel Dias da Costa, assumiu a direção do sindicato após a morte do marido e também passou a ser ameaçada. Sofreu dois atentados de morte e hoje conta com a proteção policial em tempo integral. Maria é uma das testemunhas oculares do crime.

OEA – O caso Dezinho foi analisado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi acompanhado por organizações nacionais de direitos humanos e pela Coordenação do Programa Nacional de Proteção do Defensores de Direitos Humanos da Presidência da República.

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Texto: Fernanda Palheta e Kamilla Santos (graduandas em Jornalismo)
Revisão: Edson Gillet (Assessoria de Imprensa)
Foto: PJ Franklin Lobato Prado

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