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PARÁ: MPPA apoia o combate aos agrotóxicos e adere ao Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) aderiu ao Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, que ocorrehoje (3) e marca os 30 anos da tragédia envolvendo vazamento de uma fábrica de agrotóxicos em Bhopal, na Índia. A data precede a instalação do “Fórum de Combate aos Impactos Causados Pelos Agrotóxicos no Estado do Pará”, que ocorrerá no dia 12 de dezembro.

A ideia do Fórum surgiu da Ação 10 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Diante dessa proposição o MPPA fez sua proposta e convidou mais de quarenta instituições entre públicas e privadas para fazerem parte desse combate. O objetivo é proporcionar, por meio do Fórum, um espaço dentro do Estado para o debate das questões relacionadas ao uso de agrotóxicos, afins e transgênicos.

A meta de desenvolver ações e estratégias de atuação na proteção do meio ambiente e na saúde da população se faz necessária, uma vez que o avanço da agricultura no Pará ocorre de modo conjunto ao uso mais intenso de agrotóxicos, colocando em risco não apenas a terra, mas também a água.

De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2012, 29% dos principais itens que fazem parte da cesta básica brasileira apresentam irregularidades, tanto pelo uso acima do limite permitido quanto pela aplicação de substâncias não autorizadas pela legislação. Isso nos coloca em posição de destaque como um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – Pará, coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e executado pelo Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e Vigilância Sanitária de Belém da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que tem como objetivo detectar resíduos de agrotóxicos nos alimentos comercializados analisou amostras de alface cultivado na região metropolitana de Belém, nos meses de junho e julho de 2014. Dos resultados das nove amostras coletadas, cinco foram satisfatórios e quatro insatisfatórios. Os laudos conclusivos detectaram três ingredientes ativos não autorizados para a cultura de alface e um ingrediente ativo que não possui autorização de uso no Brasil.

Ouça AQUI o áudio de divulgação do Fórum de Combate aos Impactos Causados Pelos Agrotóxicos no Estado do Pará.

Clique AQUI para acessar o vídeo “O Veneno Está na Mesa”.

Clique AQUI e leia o “Manifesto pelo Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos” da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

30 anos de uma tragédia

Na madrugada do dia 3 de dezembro aconteceu um vazamento em um dos tanques de armazenamento de um gás altamente tóxico e produto-base de um tipo de agrotóxico. Uma nuvem de isocianato de metila cobriu a região, fazendo vítimas instantâneas.

Os sintomas variavam entre dificuldades para respirar, excreção de sangue e visão totalmente prejudicada. O número das mortes diretas é de cerca de 3.000, mas as vítimas indiretas, que morreram por doenças ocasionadas pela inalação do gás chegaram a 10 mil. Hoje, 150 mil pessoas ainda sofrem as consequências desse acidente.

Leia mais na página do CAO Cível.

 

Texto: Vanessa Pinheiro (graduanda em jornalismo)
Revisão: Edyr Falcão

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