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Pernambuco – Cachoeirinha: MPPE consegue condenação de acusado de matar filho de 2 anos

21/05/2015 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) conseguiu a condenação do réu Gilmar Pacheco de Andrade a 28 anos e 6 meses de prisão, pela morte do filho de 2 anos, em 1998, em Cachoeirinha. O promotor de Justiça Paulo Augusto Freitas sustentou a tese de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). O caso chocou o município de Cachoeirinha e o julgamento realizado na Câmara Municipal teve grande público. O júri foi presidido pelo juiz Moacir Ribeiro da Silva Júnior.

De acordo com as investigações e diante das provas técnicas e testemunhais nos autos, Gilmar teria espancado o filho Ericles Ezequiel, de apenas dois anos, causando sua morte por traumatismo craniano. Depois do espancamento, Gilmar levou o corpo da criança ao Hospital Regional do Agreste (HRA) e fugiu para São Paulo. No dia do crime, a avó materna participava de uma audiência para obter a guarda do neto. “Ele matou o filho por puro egoísmo, para que a criança não ficasse com a avó materna”, argumentou o promotor de Justiça.

Apesar de Gilmar Pacheco não aceitar que a guarda do filho fosse dada à avó materna, em outras ocasiões ele havia sido acusado de maus tratos. “Ele queimava a criança com pontas de cigarro, na língua e nos órgãos genitais. A mãe também era vítima de ameaças, por isso a avó entrou com o pedido de guarda”, esclareceu Paulo Augusto.

O réu passou 14 anos foragido, mas em 2012, quando foi retirar uma Declaração de Antecedentes Criminais para assumir um emprego em São Paulo, foi que se descobriu o mandado de prisão expedido em Cachoeirinha. “Ele foi preso e conseguimos que ele fosse transferido para esta cidade a fim de ser levado a júri popular”, afirmou o promotor de Justiça acrescentando que o Conselho de Sentença reconheceu todas as teses apresentadas pelo MPPE.

Na época do crime, Gilmar Pacheco de Andrade, trabalhava em Cachoeirinha como artesão do couro e do aço. Já em São Paulo, trabalhou como corretor de imóveis até sua prisão.

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