PORTEL: MPPA reúne com bispo do Marajó para discutir situação de crianças e adolescentes
O Ministério Público do Estado do Pará, através do promotor de Justiça de Portel, André Cavalcanti de Oliveira, realizou ontem,15 reunião com Dom José Luís Azcona Hermoso, atual bispo do Marajó, juntamente com o juiz titular do município, David Guilherme de Paiva Albano e duas irmãs da Fraternidade Ágape da Cruz, instituição católica de acolhimento para crianças da localidade.
“O objetivo da reunião foi ouvir os relatos da situação encontrada na região com relação à prática de violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. A partir do conhecimento deste problema, o MPPA debaterá ações conjuntas entre as promotorias que atuam arquipélago”, explicou André Cavalcanti.
Durante o encontro o bispo expôs sua preocupação com as causas sociais em Portel e no Marajó, em especial com as políticas públicas relacionadas à infância e juventude, e ainda com os casos de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Também ressaltou a necessidade da presença do poder Judiciário e do Ministério Público na cidade e na região do Marajó para transformação da realidade social.
“Desde nossa chegada na comarca temos priorizado o andamento processual envolvendo crimes contra a vida, crimes contra a dignidade sexual e crimes contra o patrimônio (roubo em especial)” frisaram o promotor e o juiz.
Destacaram a realização de mutirões de audiências de alimentos e investigação de paternidade “priorizamos a conciliação e acima de tudo o restabelecimento dos vínculos familiares”
E informaram que “diversas transações penais também estão sendo convertidas em doações para a Fraternidade Ágape da Cruz em razão desta instituição abrigar crianças afastadas provisoriamente do convívio familiar”.
André Cavalcanti, finalizou dizendo que “em parceria com o Centro de Apoio Operacional Criminal e demais colegas promotores de Justiça do Marajó está sendo levantado junto ao Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e a Secretaria Judiciária todas as denúncias e ações judiciais envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes para fins de discutirmos e adotarmos ações conjuntas, visando combater tal prática”.
Texto: Karina Lopes (graduanda em Jornalismo), com informações da PJ de Portel
Revisão: Edyr Falcão
Foto: PJ de Portel