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BELÉM: MPPA participa de ação no Dia Nacional do Ouvidor

Centenas de pessoas foram atendidas hoje no evento “Queremos ouvir você”, em comemoração ao Dia Nacional do Ouvidor, ocorrido no Ginásio da Escola Superior de Educação Física. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) participou da atividade por meio de integrantes da Ouvidoria-Geral e Promotorias de Justiça de Família e de Registros Públicos.

A ação foi organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, além do MPPA, foram parceiros no evento as Ouvidorias do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA); da Ordem dos advogados do Brasil Secção Pará (OAB/PA); Geral do Estado (OGE), do município de Belém, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Secretaria de Segurança Pública.

No horário de 8h às 13h as pessoas que foram até o local tiveram acesso aos serviços oferecidos, como a divulgação e orientação sobre as atividades desenvolvidas pelas ouvidorias de órgãos públicos do Estado do Pará; a divulgação do programa “Eleitor do Futuro”; Emissão de Título de Eleitor, 2ª via, transferência e anistia de multa.

As ações de cidadania disponibilizadas pelo Ministério Público foram efetivadas através das promotorias de Justiça de Registros Públicos, Resíduos e Fundações de Belém, com a emissão de segundas vias, pedidos de retificação de certidões de nascimento, casamento e óbito, de usuários residentes no Estado; e ainda pela Promotoria de Justiça de Família de Belém que atuou nos pedidos de reconhecimento de paternidade, trabalho desenvolvido pelo programa “Defesa da Filiação nas Escolas Públicas de Belém.

O ouvidor-geral do MPPA, Aldo de Oliveira Brandão Saife, destacou o papel e a atuação da unidade: “A Ouvidoria do Ministério Público tem o papel fundamental de fazer a interlocução entre a sociedade e o Ministério Público. Então, temos um sistema disponível na internet em que nós recebemos reclamações, denúncias, elogios, pedidos de providências em relação não só as atividades do Ministério Público, em relação à atuação de seus membros e servidores, mas também em relação a diversos problemas que acontecem na sociedade. Recebemos reclamações de desvios de recursos públicos, de danos ao meio ambiente e outras mais.

João Gualberto dos Santos Silva, promotor de Registros Públicos fez uma rápida avaliação do evento e falou sobre o atendimento. “A participação está sendo boa, tivemos, nesse início da ação de cidadania, cerca de 17 atendimentos, apesar da chuva forte. Estamos trabalhando com segunda via de certidão de nascimento e algumas certidões são do interior como de Breves, Igarapé-Miri, e que demoram um pouco, porque nós temos que solicitar para o promotor do interior, para evitar que a pessoa se desloque até o município. Não tem custo nenhum para o cidadão, é de graça. No momento do atendimento pedimos uma declaração de pobreza, a pessoa assina, justamente pra evitar qualquer tipo de cobrança”.

Bastante movimentação ocorreu também nos atendimentos de reconhecimento de paternidade, no estande da Promotoria de Justiça de Família. Muitas mães e acompanhantes vieram com bebês e crianças para buscar informações ou já requisitar a inclusão do nome do pai na certidão de nascimento de seus filhos.

A promotora de Justiça Maria de Nazaré Abbade comentou a importância do evento no Dia do Ouvidor e enfatizou o projeto do MPPA de reconhecimento de paternidade.

“O Ministério Público desenvolve um trabalho em prol da sociedade. O Dia do Ouvidor é um momento importante, a palavra ouvidor vem mesmo de se ouvir. Nós temos também no Ministério Público o nosso ouvidor. O Ministério Público na defesa da filiação desenvolve um trabalho, eu falo isso, até de ‘formiguinha’, porque é direito de toda criança ter sua paternidade declarada no registro. E o Projeto tem a intenção de que a instituição saia dos seus gabinetes fazendo o trabalho na Escola, mediante uma relação encaminhada pelas diretoras e os Cartórios de Registros. Então as mães são convidadas para que venham aqui ao Ministério Público indicar o nome do pai para que essa criança tenha o seu registro completo, porque a filiação tem a característica dual, aquela legal e aquela afetiva. Toda criança tem direito de ter seu pai dentro da paternidade responsável”, frisou Nazaré Abbade.

Atendimentos

A vendedora Nilvana Célia Raiol Nunes procurou o evento para reconhecer o nome do pai na certidão de sua filha, que já tem dois anos.

“Eles mandaram um convite para mim ano passado, em março, dizendo que comparecesse ao Ministério Público e eu fui. Quando cheguei lá me perguntaram por que o meu filho não foi registrado no nome do pai. Expliquei que quando fui para registrar o meu filho, meu marido foi lá, mas disseram que não poderia registrar porque ele estava somente com a certidão, não tinha a identidade e agora vim resolver a situação. Acho importante esse trabalho do Ministério Público, pois facilita para nós, para todas as mães”, disse Nilvana.

Andreza Santos veio acompanhada de sua mãe para indicar a inclusão do nome do pai na certidão de sua filha de cinco meses. “Como no momento o pai está preso, me explicaram que vão elaborar o documento e encaminhar até o sistema penal para que ele assine, após o retorno de lá será feita a inclusão”.

O caso de José Augusto foi a retirada da segunda via da certidão de nascimento, como mora em Icoaraci e sua certidão é de Bragança, seria muito dispendioso pagar passagem de ida e volta, somada a taxa cobrada pelo cartório para emitir o documento. “Eles informaram que estavam tirando aqui e nós viemos direto pra cá. Moramos em Icoaraci, e perdi minha certidão. Gostaríamos que tivessem mais ações como essa, porque é muito bom e importante”.

 

Texto final: Edyr Falcão
Entrevistas e fotos: Edyr Falcão e Karina Lopes
Degravações: Letícia Miranda 

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