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SANTA CATARINA – DIA DO IDOSO: as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) e a atuação do MPSC

Seu Pedro foi poeta, além de comerciante e dono de fábrica de móveis. Hoje, aos 90 anos e após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), vive há cerca de um ano em um residencial geriátrico, uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, na Trindade, em Florianópolis. Recebe a visita das filhas com frequência e gosta de cuidar do jardim diariamente. Na mão ele leva um caderno com poesias e fotos que organizou para deixar de lembrança para a família. “Embora recoberto das nuvens, você sabe que elas passarão e o céu voltará a brilhar”, lê.

Dona Cissa, nome fictício de uma das moradoras do local, tem 74 anos e há três meses vive na mesma Instituição que Seu Pedro. Ela explica que a asma e a bronquite fizeram com que fosse hospitalizada e para facilitar a visitação da família e receber mais cuidados, optou por viver no residencial. “Estou bem feliz, contente. Durante o dia ouço músicas de louvor e também música clássica, gosto de tudo”, conta.

Assim como esse residencial, há outras 236 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Santa Catarina. Essas instituições são fundamentais para o cuidado e assistência básica ao idoso. A Constituição Federal e o Estatuto do Idoso priorizam que o atendimento seja realizado na própria família, entretanto, existem muitos casos em que não há referência familiar ou em que o próprio idoso opta por residir em uma instituição, assim como Seu Pedro e Dona Cissa.

Nos últimos anos os números de idosos vêm aumentando no Brasil, o que reforça a necessidade das ILPIs. Segundo o levantamento “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016”, divulgado pelo IBGE, o percentual de pessoas idosas aumentou entre 2005 e 2015, em contraste com a diminuição do percentual de crianças e adolescentes. Com esse crescimento, pessoas com 60 anos ou mais passam a representar 14,3% dos brasileiros, porém grande parte da população idosa não detém recursos necessários para uma velhice digna, sadia e de uma boa qualidade de vida.

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