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SANTA CATARINA – Servidores de áreas essencialmente presenciais do MPSC passam a atuar em outros setores para atender às novas demandas do trabalho remoto

As mudanças provocadas pela pandemia de covid-19 exigiram alterações no mercado de trabalho, nas rotinas de profissões e na prestação de serviços, tanto na iniciativa privada quanto no setor público, e no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) não foi diferente. Com novas demandas e prioridades, servidores que tinham atuação inerentemente presencial mudaram temporariamente de setor para continuar prestando seus serviços ao público catarinense.

Esse é o caso de alguns motoristas oficiais da Gerência de Transportes (GETRAN), que, autorizados pela Portaria n. 1.835/2020 (art. 3º, § 2º), passaram a auxiliar outros setores fora de sua lotação original diante da redução significativa das demandas da área. “Nesse momento complicado que passamos, cabe nos adaptar e ajudar onde podemos, mesmo que não seja em nosso setor de origem. Me sinto engajado nisso”, comenta o motorista Altamir Espíndola Andreatta, que está  trabalhando, durante o período de trabalho remoto, na Gerência de Atenção à Saúde (GESAU).

A Gerente de Desenvolvimento de Pessoas (GEDEP), Marina Ignes Pereira Zimmermann, explica que essa readequação temporária, além de permitir que os servidores continuem contribuindo com a instituição, tem significado um apoio muito importante para áreas que viram suas demandas aumentarem nesse período. Para o motorista Valsioni José Trzeciak, temporariamente designado para apoiar a Gerência de Almoxarifado (GEALM), a medida é oportuna e sensata. “É uma visão do coletivo em prol da instituição”.

De tarefas administrativas ao desenvolvimento de painéis de dados: as novas atribuições

Os setores que recebem o apoio de servidores prejudicados em suas atividades presenciais são escolhidos a partir de tratativas entre as Coordenadorias ou Gerências interessadas, os próprios servidores e a Administração Superior, que autoriza, ao final, a recolocação profissional, de caráter temporário e excepcional. Tudo isso também leva em consideração o perfil e a formação prévia dos motoristas, bem como atividades compatíveis com o nível do cargo. “Sabemos que o Gabriel Martins Elias tem experiência em climatização, então vimos que ele poderia ajudar a Coordenadoria de Engenharia e Arquitetura (COENG), por exemplo”, explica a Gerente de Transportes, Jacqueline Figueró Jeske. 

Esse também é o caso do motorista Patrick de Macedo Varela, por exemplo, com formação acadêmica em Sistemas da Informação, agora temporariamente lotado na Gerência de Ciência de Dados (GECD), onde tem a oportunidade de colaborar com o desenvolvimento de painéis de Business Intelligence que ajudam na tomada de decisões dos órgãos de execução do MPSC. “Está sendo uma excelente experiência. Desde o primeiro momento venho diariamente absorvendo novos conhecimentos numa área com que possuo certa afinidade”, comenta.

Já Valsioni continua realizando a atividade de motorista, embora agora transporte materiais do almoxarifado com caminhão. “Mas também ajudo na separação ou conferência de materiais, na confecção ou conferência de planilhas, conferência no recebimento de entregas, entre outras funções administrativas do dia a dia no setor”, explica.

Tarefas administrativas e de apoio técnico também são realizadas por Altamir Espíndola Andreatta e Robson Nicoleit Stipp, que apoiam a GESAU e a COENG, respectivamente. “O principal desafio é trabalhar num setor novo, em que não conhecemos a atividade, e ainda de forma remota, porque quando é presencial é mais fácil, você pode ver, perguntar… Mas a equipe do setor tem ajudado muito, se empenhado para que dê certo”, reforça Robson. 

Altamir, que está ajudando em demandas como análise de requerimentos de plano de saúde e reembolso de vacinação, também destaca desafios. “Não vamos dizer que é fácil, mas ao mesmo tempo é gratificante. Acredito que o grande desafio é conseguir o quanto antes essa adaptação e colaborar ao máximo com a instituição”.

Segurança para os colaboradores e suas famílias

No caso específico dos motoristas, a reocupação temporária é também uma medida de segurança, pois permite o exercício remoto das atividades profissionais, o que não seria possível em sua atribuição original. “Para mim, essa oportunidade foi muito importante. É uma forma de resguardarmos a saúde da família”, explica Robson, que convive com dois filhos pequenos e os sogros.

Aqueles que continuam em trabalho presencial precisaram se adaptar não apenas às novas atividades e equipes, mas também à rotina de cuidados que agora é exigida de todos. “Os cuidados frequentes e necessários para não colaborar com o avanço de transmissão dessa doença são exaustivos, principalmente mentalmente. Mas sei da importância deles e continuarei não medindo esforços quanto a isso”, reforça Valsioni, que, além de estar exercendo atribuições na GEALM, também continua à disposição da GETRAN para o transporte de materiais hospitalares em apoio à Defesa Civil e à Secretaria de Estado da Saúde no combate à covid-19.

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