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Acusados das mortes de Alcides Nascimento e de Amanda Beatriz vão a julgamento na terça-feira, 14

As atenções da sociedade pernambucana estarão voltadas na próxima terça-feira (14) para os julgamentos de dois crimes que revoltaram a população – os assassinatos do estudante Alcides Nascimento Lins, na Vila Santa Luzia, no Recife, na noite de 5 de fevereiro do ano passado, e da adolescente Amanda Beatriz, 16 anos, que foi estuprada, morta por asfixia e cujo corpo foi escondido num cesto de roupas, em janeiro de 2007, na Boa Vista.

Acusado de matar o estudante, João Guilherme Nunes Costa, 29, conhecido como Guigo, será levado a julgamento no 1º Tribunal do Júri da Capital, na Ilha Joana Bezerra. Já Thiago Tavares Alencar, apontado como coautor do estupro e assassinato de Amanda Beatriz, será julgado no 3º Tribunal do Júri da Capital. Seu parceiro no crime, Geison Duarte, foi condenado em 2010 a 35 anos de prisão por júri popular.

No Caso Alcides Nascimento, a promotora de Justiça Helena Martins, estará representando o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na acusação do réu. Ela vai sustentar a tese de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima) na denúncia contra João Guilherme. Nove dias antes do crime, João Guilherme havia fugido da Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá. Ele tinha recebido progressão de pena em 10 de janeiro. No dia 27 de janeiro fugiu. A decisão de levar o acusado a júri popular foi tomada em fevereiro deste ano pelo juiz de Direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, Ernesto Bezerra Cavalcanti. O acusado se encontra recolhido no Presídio Aníbal Bruno.

Alcides tinha 22 anos e estudava biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em 2007, ele havia sido aprovado em primeiro lugar entre os alunos oriundos de escolas públicas no vestibular da UFPE. Seu assassinato comoveu a sociedade pernambucana.

Já no Caso Amanda Beatriz, o promotor de Justiça Antônio Arroxelas, representará o MPPE na denúncia contra Thiago Alencar De acordo com o Ministério Público, além de ter ajudado na morte da adolescente, em plena manhã de sábado, Thiago voltou ao apartamento de Geison à noite, ajudou o amigo a tirar o corpo da vítima do armário e a quebrar todos os ossos da menina para escondê-la dentro de um cesto de roupas, no apartamento onde Geison morava, no bairro da Boa Vista. Thiago também teria acompanhado o amigo na compra de cimento e argamassa para jogar em cima do corpo da adolescente.

O corpo passou quatro dias dentro do cesto, em estado de decomposição, e foi descoberto depois de a mãe de Geison fazer a denúncia à polícia na terça-feira, 23 de janeiro de 2007, mesmo dia em que os dois foram presos pela primeira vez. A exemplo de Geison, Thiago Alencar está sendo acusado de homicídio quadruplamente qualificado: estupro, atentado violento ao pudor, motivo torpe e ocultação de cadáver.

 

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