O deputado estadual Marcelo Freixo foi recebido, na sexta-feira (15/3), pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, para falar sobre as investigações do assassinato de Cícero Guedes, líder do Movimento Sem-Terra (MST) morto no município de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, no dia 25 de janeiro deste ano. O encontro foi realizado na sede do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Reeleito para a presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Freixo transmitiu, durante a reunião, a preocupação com a segurança das famílias que moram nos assentamentos da região e estariam com medo de depor.
O deputado disse que, depois de ter conversado com representantes da Polícia Civil e do Tribunal de Justiça, resolveu pedir informações ao Ministério Público sobre o desdobramento do inquérito que apura o crime. “Existe um conflito antigo na região. Outros homicídios teriam ocorrido sem que houvesse qualquer investigação. Nossa preocupação é que, caso não ocorra uma punição, haja o risco de novas agressões e novos conflitos”, afirmou Freixo.
O Promotor de Justiça Cível de Campos Victor Queiroz, que atua em casos de litígios coletivos pela posse de terras no município, relatou o trabalho realizado pelo MP no caso. O Procurador-Geral de Justiça agendou uma reunião entre representantes do movimento, o Promotor de Investigação Penal responsável pelo caso e o Promotor que atua no Tribunal do Júri depois do oferecimento da denúncia.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) também será acionado para auxiliar no trabalho dos promotores. O Subprocurador-Geral de Justiça de Administração, Eduardo Gussem, também esteve presente ao encontro desta sexta.
O suspeito da morte do líder do MST está preso temporariamente.