O promotor de Justiça de Meio Ambiente, Patrimônio Cultural e Habitação e Urbanismo de Belém Raimundo de Jesus Coelho de Moraes participou hoje, 23, do café da manhã organizado pelo movimento de catadores da bacia do Una (Cooperuna – Cooperativa de Catadores da Bacia do Una).

Atualmente instalados em um galpão cedido pela Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro localizado na rodovia Artur Bernardes, um total de 30 mulheres catadoras trabalhadoras da coleta seletiva convidaram o representante do Ministério Público do Estado para um café da manhã.

Durante o encontro foram discutidas estratégias de continuidade do grupo, política municipal de coleta seletiva e termo de ajustamento de conduta de resíduos sólidos de Belém.

As mulheres catadoras contaram suas histórias pessoais e a formação do grupo que teve um forte apoio da Pastoral Social da Paróquia, com suporte de voluntários e fiéis.

Relataram como sensibilizaram várias famílias e comércios dos bairros próximos a realizarem a separação ecológica dos resíduos sólidos domiciliares que foram destinados ao movimento de catadores organizados na paróquia.

A presidente do Movimento, a Catadora Roberta de 24 anos, colocou as dificuldades de instituir uma cooperativa, organizar a documentação, taxas, entre outras medidas. Ressaltou a necessidade de ter apoio jurídico e técnico para instituir formalmente a cooperativa.

Além dessa situação, com o aumento da coleta nos bairros e a necessidade da Paroquia utilizar o espaço cedido para atividades religiosas, a Cooperativa em formação, necessita urgentemente de um novo galpão para realizar seus trabalhos.

Formado em sua maioria por mulheres, o grupo existe há 4 anos, e vem tentando regularizar a cooperativa desde de 24 de fevereiro de 2014, após diversas reuniões com a Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves).

Será neste ambiente que a Promotoria de Justiça irá realizar um levantamento da situação dos grupos organizados, associações e cooperativas existentes em Belém para propor ações junto ao poder público na busca de inserir estes catadores e catadoras no sistema de coleta que pode ter a parceria de empresas privadas e organizações de catadores e catadoras. O Promotor de Justiça agendou para os próximos dias um trabalho em conjunto com a equipe técnica do Ministério Público e outras instituições para levantamento da situação atual das organizações.

“É papel da municipalidade garantir apoio à organização destes grupos, e assim respeitar os preceitos da lei de resíduos sólidos”, frisou o promotor de Justiça Raimundo Moraes.

 

Texto e fotos: Tarcísio Feitosa
Edição: Edyr Falcão