Jorge Augusto da Silva, 30 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri da Capital, nesta quarta-feira (20/08), a 16 anos de prisão em regime fechado por ter participado do assassinato de Élcio da Silva Teixeira, 31 anos, no dia 20 de abril de 2012, em Florianópolis. A pena por homicídio foi agravada porque o réu ajudou a ocultar o cadáver e também furtou um veículo e dinheiro da vítima. O motivo do crime foi uma dívida, referente à venda de um carro.
O segundo envolvido e mandante do assassinato ainda não foi a julgamento. A vítima Élcio Teixeira havia vendido um carro para Ednilson Nunes da Sila, 21 anos. O comprador pagou R$1,5 mil antecipadamente, mas, passados alguns dias, não recebeu o carro e, por isso, planejou matar Élcio.
Ednilson ofereceu a Jorge Augusto uma recompensa para executar a vítima. Na noite de 20 de abril de 2012, os dois atraíram Élcio para uma residência no bairro Morro das Pedras. Sem dar qualquer chance de defesa, desferiram dois golpes com uma barra de ferro na cabeça de Élcio, que caiu desacordado.
Acreditando que a vítima já estava morta, os dois acusados colocaram-no no porta-malas de um carro e o levaram para a Casa Rural e Engenho da Costeira do Ribeirão da Ilha, na Estrada Geral do Ribeirão da Ilha. É um local ermo e pouco movimentado, principalmente durante a noite.
Chegando a casa, ao abrir o porta-malas, perceberam que Élcio ainda estava vivo. Foi então que Ednilson ordenou a Jorge que batesse novamente na cabeça da vítima para matá-la. Os criminosos esconderam o corpo de Élcio na Casa Rural, debaixo de sacos plásticos. Ao deixar o local, Ednilson e Jorge furtaram o veículo da vítima, motivo do crime, além de R$3 mil em dinheiro e outros objetos.
A condenação atende à ação penal ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Pelo MPSC, atuou no Tribunal do Júri o Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto e a defesa foi feita pela Defensora Pública Fernanda Mambrini Rudolfo. A sessão do Júri foi presidida pelo Juiz de Direito Marcelo Pons Meirelles.