A população do município de Anchieta e região passou a contar, a partir de sexta-feira (29/04), com o novo Hospital Maternidade de Anchieta, o Mepes. A reforma, restauração e ampliação do local foi possível em função de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e a empresa Samarco Mineração, com a participação da associação de moradores e comunidades do entorno da empresa, além de representantes da municipalidade. A obra teve um custo de R$ 8 milhões, financiado pela empresa.
Participaram da cerimônia de inauguração das novas instalações o governador do Estado, Renato Casagrande; o procurador-geral de Justiça do MPES, Fernando ZardiniAntonio; o idealizador e fundador do Mepes, padre Humberto Pietrogrande; o presidente da Samarco, Tadeu Moraes; o prefeito de Anchieta, Edival Petri, além de diversas autoridades do Executivo e Legislativo capixaba.
Com a ampliação, o edifício passou a ter uma área construída de 2.700 m2. De acordo com o superintendente do Mepes, Idalgizo Monequi, o hospital está realmente transformado. “Podemos dizer que Anchieta ganhou um hospital novo, amplo e confortável, tanto para os pacientes como para os profissionais. É preciso lembrar que temos uma média de 50 mil atendimentos/mês e esta nova estrutura é fundamental para que possamos dar conta desse serviço”, disse.
O presidente da Samarco reconheceu que se tratava de uma obra necessária para a população e posicionou a empresa como parceira da municipalidade. “A Samarco é parceira do município de Anchieta e queremos ampliar o nosso trabalho em prol da saúde do Estado”, afirmou.
O promotor de Justiça Marco Antonio Nogueira, coordenador da 1ª Microrregião para Assuntos do Meio Ambiente, Urbanismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Urbanístico, Paisagístico e Turístico, que compreende os municípios de Anchieta, Guarapari, Piúma, Iconha e Alfredo Chaves, foi bastante aplaudido ao lembrar em seu discurso o trabalho necessário para se chegar a este desfecho positivo. “Sem interromper as suas atividades, hoje estamos inaugurando oficialmente esta obra que custou R$ 8,1 milhões. Rigorosamente dentro dos padrões exigidos pela Anvisa”, disse.
O promotor de Justiça ressaltou que o valor financiado ultrapassou o cálculo inicial. “Mesmo com o valor estipulado ter sido ultrapassado, em nenhum momento houve qualquer reclamação da Samarco. Todos os nossos pleitos foram atendidos”, observou.
A fachada e a recepção do Hospital e Maternidade Anchieta foram remodeladas e ampliadas. As salas e corredores receberam pisos e azulejos novos e a sala de emergência também ganhou novo espaço. Foram entregues ainda duas novas salas de cirurgia, sendo uma especialmente para partos. A sala de Pediatria foi reformada, assim como a cozinha, que ganhou uma área para refeitório, e a lavanderia, com novos equipamentos.
Para o procurador-geral de Justiça, Fernando Zardini Antonio, esta é mais uma prova inequívoca de que o Ministério Público deve caminhar ao lado da sociedade em busca da satisfação dos seus direitos. “Mais uma vez, fica demonstrado que o papel conciliatório do Ministério Público consegue resultados efetivos na satisfação dos direitos da população. Nesse caso, é preciso enaltecer o trabalho eficiente do promotor de Justiça Marco Antonio Nogueira, que soube conduzir as negociações de forma aberta e transparente, com vantagens para toda a comunidade”, destacou.
O governador Renato Casagrande elogiou a obra e a forma como foi conduzida a negociação entre o MPES e a Samarco. “Fico feliz de produzir aqui, em Anchieta, essa integração entre a iniciativa privada, MPES e o Governo estadual para investimentos tão necessários e urgentes. O Governo do Estado sabe da sua responsabilidade na melhoria do atendimento à saúde da população e agradece os esforços de uma empresa privada, que reconhece o seu compromisso com a responsabilidade social”, salientou. O governador aproveitou a ocasião para também anunciar a inclusão do Hospital e Maternidade Anchieta na rede de atendimento materno-infantil que será lançada em todo o Estado dentro de dois meses.