O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por intermédio dos promotores de Justiça, Alessandra Rebelo Clos e José Edvaldo Pereira Sales, dando continuidade aos trabalhos de inspeção nas escolas e unidades de saúde de Marituba, dirigiram-se hoje (7) às Unidades de Saúde Haifa Gabriel, Riacho Doce e Bela Vista.
O objetivo principal das inspeções foi constatar se diversas irregularidades que foram detectadas ano passado (2014) pelos conselhos profissionais como os conselhos regionais de Enfermagem e de Medicina e a Vigilância Sanitária foram supridas.
“Infelizmente, muitos problemas ainda foram detectados”, avaliaram os promotores de Justiça.
Na Unidade de Saúde Haifa Gabriel o público não tem água para beber e os funcionários têm que comprar água mineral, já que a água do poço está contaminada, segundo informações colhidas no local. O espaço onde ocorre a espera dos pacientes é de péssimas condições: móveis enferrujados, buracos no telhado, presença abundante de pombos.
Na Unidade de Saúde Riacho Doce, apesar de ter um prédio novo, muitos problemas não foram resolvidos. Muitas salas sem ar condicionado; a sala de odontologia não está com os equipamentos instalados, os fundos da unidade não possuem muro e funcionários e pacientes correm riscos; móveis enferrujados.
O caso mais grave, para não dizer calamitoso, é o da Unidade de Saúde Bela Vista. Não há autoclave para esterilização; a unidade tem recebido água, mas não havia copo para as pessoas beberem água; não há sala de espera e as pessoas ficam praticamente na rua aguardando atendimento; móveis enferrujados; os fundos do prédio da unidade não têm proteção; não há local de armazenamento do lixo infectante.
Duas escolas foram inspecionadas.
A EMEF Santo Amaro apresenta graves condições estruturais. Não há muro na escola e as crianças sofrem riscos constantes.
“Uma situação indescritível foi encontrada na EMEF Julia Freire”, afirma a promotora de Justiça Alessandra Clos.
“É uma escola municipal, mas só indo lá para ver a situação caótica da escola. Praticamente, falta tudo: biblioteca, brinquedoteca, sala de informática, equipamentos de informática, salas adequadas (há dois cubículos sendo construídos e que estão chamando de sala de aula). Não dá para entender como a Prefeitura apresenta uma escola dessa para a comunidade”, complementa a promotora de Justiça.
Veja as fotos da inspeção aqui.
Texto e fotos: PJ de Marituba.
Edição: José Venícius.
Revisão: Edyr Falcão.