O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) recebeu na última sexta-feira (15), em Curitiba, a visita do Vice-Cônsul dos Estados Unidos, Scott Whitmore, e do Consultor de Assuntos Culturais do Consulado, Cezar Borsa. Eles vieram de São Paulo para conhecer o trabalho do Ministério Público do Paraná na área de combate às organizações criminosas e apresentar a possibilidade de parcerias em programas de cooperação e intercâmbio de informações, subvencionados pelo governo americano.
A ideia é que membros do MP-PR possam participar, no Brasil, de seminários e worshops com especialistas norte-americanos, em diversas áreas de interesse, como “Inteligência”, e que pessoas, individualmente ou em grupos, possam participar de visitas a órgãos públicos, universidades e outras instituições americanas, a fim de conhecer a dinâmica de trabalho e promover troca de informações e conhecimento. Reforçando a noção de intercâmbio, da mesma forma, agentes públicos americanos poderiam participar de visitas e reuniões com o MP-PR para conhecer o funcionamento dos diversos setores da Instituição.
O coordenador estadual do Gaeco, Procurador de Justiça Leonir Batisti – falando em nome do MP-PR, uma vez que o Procurador-Geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, está em viagem, presidindo reunião ordinária do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos MPs dos Estados e da União – confirmou o interesse da Instituição em viabilizar essas parcerias. Ele também lembrou o sucesso da “Operação Anarquia”, realizada no início de dezembro, a partir da qual autoridades brasileiras e norte-americanas desmantelaram uma quadrilha internacional que fraudava o sistema de concessão de vistos para trabalho temporário nos Estados Unidos. A operação foi realizada simultaneamente em quatro estados, incluindo o Paraná, onde mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco Curitiba.
“Nós, do Consulado e a da Embaixada, temos trabalhado muito com os Gaecos na área de combate ao crime organizado, sobretudo em relação à lavagem de dinheiro e à falsificação de produtos”, afirmou Cezar Borsa. “No fundo, os problemas são os mesmos em todos os lugares do mundo, a diferença é a maneira como se age”, disse, ressaltando a importância da troca de experiências e das parcerias entre os países.
Na foto, ao centro, o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, com os Promotores de Justiça Denilson Soares de Almeida e Vani Antônio Bueno (coordenador do Gaeco Curitiba), entre Cezar Borsa (à esquerda) e Scott Whitmore (direita).