Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral apoia campanha contra PEC 37
Representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) em Mato Grosso declararam apoio nesta segunda-feira (18) à campanha contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 37), que dá a polícia à exclusividade nas investigações criminais. O grupo esteve reunido com o procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, e garantiu que irá se mobilizar para evitar a aprovação da ‘PEC da Impunidade’.
“A aprovação da PEC 37 seria um grande retrocesso, um golpe aos poderes institucionais do Ministério Público. Esta Proposta de Emenda Constitucional irá privilegiar os crimes do colarinho branco e organizações criminosas, causando prejuízos à nação”, ressaltou o coordenador do MCCE no Estado, Antonio Cavalcanti Filho.
Segundo ele, o MCCE irá desencadear diversas ações de mobilização para garantir a participação de representantes de vários segmentos da sociedade mato-grossense no Ato Público que será realizado em Cuiabá no dia 12 de abril, às 8h30, no auditório das Promotorias de Justiça de Cuiabá. “Precisamos resistir e lutar para evitarmos a aprovação da PEC 37. Caso ela seja aprovada, será um golpe fatal aos avanços que já tivemos. Estamos juntos com o Ministério Público nesta luta”, afirmou Cavalcanti.
Durante a reunião, o procurador-geral de Justiça sugeriu uma reflexão sobre o significado da PEC 37. “Estão preparando uma mordaça total ao Ministério Público. Querem ressuscitar uma falsa rivalidade entre a polícia e o Ministério Público para sustentar a aprovação da PEC da Impunidade. O Ministério Público e a polícia são aliados, são parceiros, são instituições que trabalham em conjunto para atender a sociedade como um todo”, afirmou Prado.
Segundo ele, caso a referida proposta seja aprovada no Congresso Nacional, tanto o Ministério Público, como as demais instituições, entre elas, a Receita Federal, Tribunais de Contas, a Controladoria-Geral da União e a Assembleia Legislativa, por meio das CPIs, não poderão investigar. “A sociedade precisa ser avisada desse absurdo. Por isso, estamos convidando às entidades para sairmos às ruas e alertarmos a população mato-grossense sobre essa barbárie e quais os parlamentares federais estão apoiando esta insanidade. Não é justo com ninguém esse projeto, nem mesmo com a própria Polícia”, destacou.
Além do Procurador-Geral de Justiça e do coordenador do MCCE, também participaram da reunião o secretário Institucional de Gabinete da PGJ, promotor de Justiça Antonio Sérgio Cordeiro Piedade; e os integrantes do movimento, Helena Maria Bortolo, Gilson Romeu da Cunha e Vilson Nery.
Fonte: MPMT
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