MP apura suposta tortura feita por policial militar
O Ministério Público de Goiás está apurando uma denúncia de tortura que teria sido praticada contra uma moradora do município de Aporé, em outubro deste ano. De acordo com o testemunho da vítima, após uma discussão ocorrida na prefeitura, o sargento R. foi chamado a comparecer no local.
Ainda segundo a vítima, o militar chegou à sede do Executivo chamando-a pelo nome e insistindo para que ela o acompanhasse à delegacia. Mesmo com a argumentação de que ela era a vítima da situação e diante de várias testemunhas, o sargento a teria jogado no chão, pisado em seu pescoço e a levado dali algemada e puxada pelos cabelos.
Além da abordagem física, a declarante alega que o sargento a xingava e a ameaçava, com frases como “você vai ver o que vai acontecer!”. Após o transporte à delegacia, feito no camburão da polícia, as agressões continuaram. Segundo relatou a vítima, ela foi jogada em uma cela, onde recebeu um soco na boca, chutes e tapas na cabeça, o que a levou a urinar e defecar na própria roupa.
Também em declaração ao MP, a advogada da vítima testemunhou que chegou à cadeia e deparou-se com a cena de sua cliente de joelhos na cela, algemada, ferida e suja.
Providências
O promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte está acompanhando o caso e já requereu a abertura de inquérito policial para apurar a denúncia. Além disso, uma cópia dos depoimentos foi enviada à Corregedoria da Polícia Militar e ao Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e do Cidadão do MP para possíveis providências. (Postada por Marília Assunção – Texto: Cristina Rosa / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)