“Operação carta fora do baralho” tem um preso em flagrante
Além dos cinco policiais militares presos preventivamente em Chapecó no início da manhã desta terça-feira na \”Operação carta fora do baralho\”, uma pessoa foi presa em flagrante por possuir munição não autorizada durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência. Já nas residências dos policiais presos foram apreendidos armas, munições e documentos. Na tarde desta terça-feira já foram inqueridas 10 pessoas. Pelo menos 27 pessoas serão ouvidas no total.
A operação contou com a participação de cinco Promotores de Justiça, 17 policiais (dos GAECOS de Florianópolis, Lages e Chapecó), além da participação de 20 policiais militares do 2º BPM, de Chapecó. Foram cumpridas cinco prisões preventivas de policiais militares do 2º BPM e cinco mandados de busca e apreensão nas suas residências. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na residência de civis. Os mandados relativos aos policiais militares foram emitidos pela Justiça Militar de Santa Catarina (Auditoria Militar), os relativos aos civis pela Justiça Comum de Chapecó.
Os crimes que teriam sido praticados pelos policiais investigados são: comércio ilegal de armas de fogo e munições, contrabando e descaminho, exploração sexual (rufianismo), concussão, corrupção passiva, prevaricação, peculato e divulgação de informações privilegiadas (antecipavam para pessoas estranhas à corporação militar a realização de blitzes e vistorias que seriam realizadas pela PM).
O nome \”Operação carta fora do baralho\” se deve ao fato dos policiais envolvidos se reunirem de forma habitual na casa de um dos policiais investigados para jogarem cartas durante o horário do expediente, quando deveriam estar à disposição da sociedade e da segurança pública.
A operação é consequência da investigação de um grupo de policiais militares de Chapecó envolvidos em práticas criminosas, desenvolvida pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital (com atribuição junto à Auditoria Militar), pela 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó (com atribuição de controle externo da atividade policial) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), força-tarefa constituída pelo Ministério Público, com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Receita Estadual.
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