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SANTA CATARINA – MPSC usa ciência de dados e desenvolve ferramenta de business intelligence (BI) para fiscalizar vacinação e detectar suspeitas de fura-fila

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) desenvolveu uma ferramenta para monitorar e fiscalizar a distribuição e a aplicação das vacinas contra a covid-19 tornando mais eficiente o combate a fraudes, como os chamados “fura-filas”, e desvios. O Observatório da Vacinação reúne em um único ambiente painéis que permitem visualizar o quadro da imunização no estado e nos municípios e apresenta os dados de todos os indivíduos vacinados contra a covid-19 em Santa Catarina.  

O Observatório da Vacinação é uma ferramenta de business intelligence (BI) disponível para consulta das Promotorias de Justiça a fim de auxiliar em investigações e análises de casos relacionados à vacinação contra a covid-19. “A ferramenta vai facilitar e agilizar a apuração de casos que estejam sob a fiscalização das Promotorias de Justiça e encurtar o caminho da investigação. Antes havia a necessidade de requisitar informações aos municípios que forneciam a lista física. A pesquisa pelo Observatório da Vacinação fica mais fácil com a ferramenta”, afirma o Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins, Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) do MPSC.  

Por meio dos painéis é possível acompanhar os detalhes das estratégias de vacinação adotadas pelos municípios, com dados que mostram a identificação dos vacinados, com nome e CPF, a data em que foram vacinados e a qual grupo prioritário pertencem. Também é possível saber os dados da vacina, como fabricante e lote, por exemplo.  

Liliana Oneda, do Setor de Inteligência de Negócios (SEIN) da Gerência de Ciências de Dados (GECD) do MPSC, responsável pelo desenvolvimento dos painéis, explica que “para o desenvolvimento do Observatório foi utilizado o QlikSense, que é uma ferramenta de visualização de informações que explora profundamente todos os dados e revela suas conexões de modo simples e instantâneo”.  

Segundo Oneda, a ferramenta oferece outros filtros de informações, “como município de vacinação e de residência, grupo e subgrupo prioritário, bairro de residência, sexo biológico, raça/cor, entre outros que são apresentados por meio de gráficos, números e tabelas. Com isso, torna-se possível identificar eventuais falhas nas estratégias de vacinação e apurar a veracidade de notícias de fraudes aos critérios de priorização”. 

A ferramenta apresenta dados pessoais que são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n. 13.709/2018). No entanto, esses dados foram recentemente disponibilizados ao MPSC pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), após análise e aprovação do compartilhamento pelo Escritório de Proteção de Dados do MPSC. O acesso se dá exclusivamente por meio do Portal do Promotor, que só pode ser utilizado internamente e por setores diretamente relacionados à fiscalização e apuração e por pessoas credenciadas no sistema.

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